terça-feira, 23 de novembro de 2010

Manifestações #CPMFNAO 20/11

Em 03 ou 04/11, logo após as eleições, começaram a falar que a CPMF poderia voltar. Quem entrou na Internet naqueles dias, percebeu uma revolta praticamente geral.

Em 05/11, procurando dar voz ao movimento, criei o perfil @CPMFNAO no Twitter e logo passamos a ter seguidores (hoje já são quase 2.000). Um voluntário rapidamente criou o logo, após uma convocação também pelo Twitter. No dia seguinte nasceu este blog, hoje com mais de 140 seguidores - cf. Apresentação. O objetivo desde o início era protestar nas ruas.

Em menos de 2 semanas (lembrando que tivemos o feriado de 15/11 no meio do caminho), conseguimos organizar manifestações em diversas cidades do Brasil, com apoio de políticos, personalidades e entidades. Em 20/11/2010, exatamente às 11 horas, dezenas de mobilizadores saíram pelas ruas do país com camisetas, folhetos, adesivos e faixas (tudo produzido também nesse período, colaborativamente), além de muitos cartazes feitos de próprio punho, e em algumas horas colhemos milhares de assinaturas num abaixo-assinado. Cf. algumas fotos:

São Paulo

São Paulo

São Paulo

Mogi das Cruzes

Mogi das Cruzes

Mogi das Cruzes

Guarapuava

Guarapuava

Guarapuava

Vitória

Vitória

Vitória


Rio de Janeiro

Rio de Janeiro

Rio de Janeiro

Fortaleza

Fortaleza

Fortaleza

Foi um ato simbólico, mas nacional. Houve repercusão na imprensa, cf. p.ex.:

Movimento quer impedir CPMF

Entidades lançam movimentos contra a CPMF no sábado

Campanha nacional contra CPMF

Manifestação recolhe assinaturas contra CPMF

Adesão a movimento surpreende

Em algumas cidades, inclusive, as manifestações foram proibidas ou monitoradas.


Passada essa primeira experiência, começa a ficar mais claro o que podemos fazer nas ruas:

a) Protestar pacificamente;

b) Conhecer (no mundo real, não apenas virtual) pessoas que pensam como nós, formando assim laços fortes e construindo grupos de mobilização;

c) Educar não apenas em relação à CPMF, mas sobre questões tributárias em geral, demonstrando quanto já pagamos de impostos no Brasil e para onde vai esse dinheiro;

d) Colher Assinaturas para o abaixo-assinado.

Manifestações como estas devem portanto se repetir nas próximas semanas. Em várias cidades definiremos pontos de coleta de assinaturas, em dias e horários específicos. Informaremos tudo sempre por aqui e pelo Twitter. Você mesmo pode inclusive imprimir e distribuir os folhetos na sua cidade e colher assinaturas para o abaixo-assinado. Entre em contato caso queira se tornar um mobilizador #CPMFNAO na sua região. Várias pessoas têm naturalmente se aproximado de nós solicitando material e orientações para ações educativas.

Temos também procurado nos aproximar de todos os movimentos que têm se posicionado contra a volta da CPMF. Reagimos bem cedo, mas hoje a reação já se espalha pelo Brasil, com movimentos e entidades. Ontem p.ex. nossa coordenadora no RS esteve presente na mobilização da OAB-RS; estaremos representados numa mobilização da OAB-CE nos próximos dias; na semana que vem, estaremos presentes em mobilização na FIESP; e assim por diante. Essa é uma tendência natural do movimento, principalmente por ter nascido da sociedade civil, sem ligação com partidos ou políticos, e ter alcance nacional.

Nesta quarta e quinta (24-25/11) estarei em Brasília entregando materiais do movimento para deputados e senadores. Na volta, discutiremos juntos novas ideias.

João Mattar
011 9978 8659

4 comentários:

  1. Acredito que sair as ruas, mostrar nossa cara, nossa indignação, seja a favor ou contra. Neste caso, contra é uma forma de exercer a cidadania.
    E mostrar para nossos representantes que estamos atentos em tudo o que acontece nos bastidores do poder e no congresso nacional.

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  2. Cidadania ativa! É participando, discutindo, conversando, articulando na rua, na rede, na vida que se cria uma realidade melhor. Teremos o País que formos capazes de construir.
    Vamos para as próximas!

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  3. Parabéns pela mobilização excelente trabalho

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  4. É através da união pacífica que devemos demonstrar nossa insatisfação com medidas a nós impostas pelas autoridades governamentais. Isto é o direito de exercermos a cidadania. Parabéns pelo movimento.

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