Esta foi uma semana agitada em relação à CPMF.
Na segunda-feira, 13/12, há exatamente 3 anos o Senado derrubava a prorrogação da CPMF.
No mesmo dia o presidente do Senado, José Sarney, defendeu a recriação da CPMF:
"Acho que é um imposto muito pequeno e um imposto bom porque não tira mais dos pobres, mas tira dos que mais têm. São recursos que deixam de entrar para a saúde pública, onde o Brasil mais necessita e o povo mais necessita."
Já rebatemos este e outros argumentos por aqui.
Orquestradamente, também no mesmo dia, o presidente Lula defendeu nova fonte de arrecadação para a saúde. Ou seja, exatamente 3 anos após a extinção da CPMF, coincidentemente Lula pede mais recursos para saúde e Sarney fala em recriar a CPMF.
Por ironia, no dia seguinte, 14/12, o impostômetro chegou à marca recorde de R$ 1,2 trilhão. Mas não foi só isso.
Ontem, 15/12, a Câmara se deu um presente de Natal: aprovou aumento de salários para presidente, ministros e parlamentares. A proposta entrou em pauta de surpresa e foi aprovada em votações relâmpagos, como quem rouba, demonstrando desprezo pela opinião pública. Os parlamentares, que recebiam 15 salários por ano de R$ 16.512,00, tiveram aumento de 61,83%. A presidência teve aumento de R$ 133,96%, passando a receber R$ 26.723,00. O vice-presidente e os minitros de Estado tiveram aumento de 148,63%.
Há ainda o efeito cascata da medida nas Assembleias Legislativas dos Estados e nas Câmaras Municipais. O aumento poderá custar custar R$ 1,8 bilhão para as cidades.
Ou seja, teremos muito trabalho. Se estávamos pensando em descansar agora no final do ano, teremos que nos mobilizar mais ainda, mas a semana ajudou a mobilizar. Hoje haverá uma reunião das lideranças da região do Alto Tietê, que tem sido extremamente ativa nas mobilizações, em diversas cidades - cf. p.ex. manifestação recente em Poá . O próximo post será sobre novas manifestações #CPMFNAO organizadas para este sábado, 18/12, para coletar assinaturas para nosso abaixo-assinado. Organizaremos por aqui também as orientações gerais para que você possa organizar as manifestações em sua região. É importante definir pontos de coleta contínua para o abaixo-assinado, independente dessas manifestações pontuais. Precisamos também fortalecer o contato com a imprensa, ampliar o apoio das entidades, associações e de políticos, e definir/divulgar as coordenações do movimento em diferentes cidades, para facilitar as articulações. Por fim, estamos nos esforçando para integrar os outros movimentos contra a volta da CPMF.
Mas isso tudo depende da sua colaboração. Acompanhe os próximos posts, com as orientações.
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